sexta-feira, 15 de janeiro de 2010

NOVO PARADIGMA

O homem atual não aceita mais as explicações materialistas a respeito da vida, pois mesmo os homens de ciência sabem que, na vida, tudo é impulsionado para a frente, expande-se e requer aprimoramento. Assim, o ser humano sente a necessidade de evoluir, crescer e obter respostas mais lógicas e coerentes para seus questionamentos íntimos, sob pena de sua vida tornar-se sem sentido e se perder em caminhos ermos.

Em contato com a doutrina espírita, o coração e a mente do ser humano modificam-se; não dessas modificações passageiras, todavia modificam-se pelo gozo espiritual, indizível, pois os conceitos expostos com base nessa doutrina dos Imortais agradam plenamente à razão e ao bom senso, dilatando a visão espiritual, e demonstram, lógica e claramente, o esquema cósmico da vida.

(...) a chave para resolver os problemas da vida não se encontra fora de nós, em uma ação externa, na ação da instrumentalidade científica ou na erudição dos velhos livros; tampouco na prolixidade que substitui a substância, na palavra de algum gênio ou filósofo que expõe o homem ao materialismo arcaico e o submete à sentença de uma ciência cega e utilitária. A mesma ciência que toma os valores imortais como questões místicas, mas se perde em meio ao caos das finanças, que substitui, em muitos casos, o compromisso do cientista, que deveria ser com a própria vida.

A proposta é apresentada, (...), à luz da doutrina espírita, como um novo paradigma para a medicina terrena e a certeza, para todos os meus irmãos, de que é na interiorização, avançando e superando os limites de si mesmo, que se adquire a harmonização da vida; de que é através da grande viagem para os domínios do espírito, do conhecimento do Eu - escala primeira para os mergulhos nas profundezas do Si - que se faculta a oportunidade de autodescobrir-se em meio ao eterno transformismo do mundo dos fenômenos.

A doutrina espírita tem sido entendida não apenas como filosofia, ciência e religião, mas também como proposta pedagógica. Por conduzir o indivíduo à compreensão abrangente e sistêmica do universo, do seu próprio comportamento e das causas e consequências dos fatos, ela o capacita à autotransformação, não pela pressão ou imposição, mas porque lhe permite deduzir que é pela mudança de atitudes que as situações se transformarão.

Compreendendo os postulados espíritas, ele conclui que não se libertará do sofrimento enquanto não se candidatar a um processo de autodescoberta e autotransformação, buscando, na reeducação da alma, a transformação das causas dos males que o afligem. Descobre pela reflexão e observação dos fatos, que o restabelecimento de sua saúde ou a solução para os seus problemas jamais chegará por milagre, sem esforço pessoal.

Fonte: trechos da Introdução do livro MEDICINA DA ALMA,
pelo Espírito Joseph Gleber, psicografado pelo médium Robson Pinheiro, Ed. Casa dos Espíritos.

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